Os países das Américas confirmaram 6.541 casos de sarampo, incluindo cinco mortes, neste ano. Os dados são da mais recente atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A doença foi notificada por 14 países, de 1 de janeiro a 25 de setembro, sendo a maior proporção registrada em Brasil (4.476), Estados Unidos (1.241) e Venezuela (449).
Os demais casos foram reportados por Argentina (12), Bahamas (1), Canadá (111), Chile (8), Colômbia (203), Costa Rica (10), Cuba (1), Curaçao (1), México (17), Peru (2) e Uruguai (9). No dia 7 de agosto, data em que a atualização epidemiológica anterior foi publicada, a região das Américas havia confirmado 2.927 casos de sarampo. Em 18 de junho, eram 1.722 casos.
Para controlar a propagação dessa doença, a OPAS recomenda aos países das Américas manter a cobertura vacinal da população-alvo em ao menos 95% (com duas doses da vacina, segundo calendário vacinal de cada país), manter ações de vigilância epidemiológica, prestação dos serviços de saúde e comunicação efetiva no setor saúde, na comunidade e em outros setores, a fim de aumentar a imunidade da população e detectar/responder rapidamente a casos suspeitos de sarampo.
A Organização também recomenda aos países que orientem todos os viajantes internacionais, com idade a partir de 6 meses que não se vacinaram ou não possam comprovar a vacinação, a receberem as vacinas contra sarampo e rubéola. A vacina deve ser administrada pelo menos duas semanas antes da viagem para as áreas com transmissão de sarampo.
O organismo internacional ressalta ainda a importância de se vacinar populações em risco, como profissionais de saúde, pessoas que trabalham nas áreas de turismo e transporte (hotelaria, aeroportos, motoristas de táxi, etc.) e viajantes internacionais, bem como identificar fluxos migratórios do exterior (chegada de estrangeiros) e fluxos internos (movimentos de grupos populacionais).
Além disso, a OPAS orienta que, durante surtos, seja estabelecido um manejo correto de casos para evitar a transmissão dentro de serviços de saúde, com um fluxo adequado de pacientes para salas de isolamento (evitando o contato com outros pacientes em salas de espera e/ou locais de internação).
Mundo
Os surtos de sarampo continuam a se espalhar rapidamente pelo mundo, de acordo com os últimos relatórios preliminares fornecidos à OMS. Essa situação ocorre após sucessivos aumentos anuais desde 2016, indicando um crescimento preocupante e contínuo da carga global do sarampo no mundo.
Grandes surtos estão em curso em Angola, Camarões, Chade, Cazaquistão, Nigéria, Filipinas, Sudão do Sul, Sudão e Tailândia.
Fonte: OMS/Opas