O secretário de Comércio Exterior (Secex), Lucas Ferraz, da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint) do Ministério da Economia, apresentou nesta segunda-feira (1°/7), em Brasília, em entrevista coletiva, os dados da balança comercial do mês de junho e fez um balanço do semestre. “O comércio internacional e mundial conta com uma retração e naturalmente nós sofremos as consequências disso”, afirmou Ferraz em relação à expectativa para o comércio exterior brasileiro.
A estimativa para o saldo comercial este ano é de US$ 56,7 bilhões. A projeção anterior, divulgada no primeiro trimestre de 2019, era de US$ 50 bilhões. O saldo maior é esperado devido à perspectiva de queda de 2% na corrente de comércio para este ano. Em 2018, o saldo comercial ficou em US$ 58 bilhões.
Os dados foram detalhados pelo subsecretário de Inteligência e Estatística da Secex, Herlon Brandão. Ele ressaltou o cenário de desaquecimento da economia internacional e de lento crescimento da economia brasileira, que são os principais determinantes para o fluxo do comércio. Segundo Brandão, isso afeta principalmente exportações de soja e café, enquanto que há também uma demanda menor por produtos importados.
Balanço do semestre
No semestre, as exportações totalizaram US$ 110,896 bilhões, o que representa queda de 1,8%, pela média diária, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as importações somaram US$ 83,765 bilhões, um aumento de 0,8%, pela média diária, sobre o mesmo período de 2018 (US$ 83,801 bilhões).
De janeiro a junho de 2019, a corrente de comércio alcançou US$ 194,661 bilhões, o que significa queda de 0,7% sobre o mesmo período anterior (US$ 197,619 bilhões). O saldo comercial está em US$ 27,130 bilhões, valor 8,9% inferior, pela média diária, ao alcançado em igual período do ano passado (US$ 30,017 bilhões).