O custo da Cesta Básica em Belo Horizonte, cesta alimentar mínima necessária para uma pessoa adulta, foi de R$ 365,05 no mês de agosto de 2017. Com relação ao mês anterior houve queda de 4,86%.
O trabalhador que ganha o Salário Mínimo recebeu R$862,04 após os descontos da parcela referente ao INSS sobre o valor bruto de R$ 937,00, gastou 42,35% do seu rendimento líquido para adquirir integralmente a alimentação mínima necessária estabelecida pelo governo, para o seu próprio sustento (sem falar no de sua família e nas demais despesas de seu orçamento familiar). Para comprar a alimentação mínima necessária, esse trabalhador precisou trabalhar, em agosto de 2017, 85 horas e 43 minutos. Em julho de 2017 foram necessárias 90 horas e 05 minutos.
Levando-se em conta uma pequena família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, e supondo-se que as duas crianças consomem o equivalente a um adulto, o trabalhador belorizontino gastou R$1.095,15 somente para cobrir a despesa mínima familiar com alimentação.
Com base no custo da Cesta Básica das diversas capitais pesquisadas e considerando-se ainda o peso das demais despesas no orçamento familiar, o Dieese estima, mensalmente, o valor necessário para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, conforme assegura o art. 7º, item IV da Constituição Federal. Para atender esse preceito constitucional, o Salário Mínimo Necessário, em agosto de 2017, teria que ser de R$ 3.744,83.
Esses dados foram fornecidos pelo Escritório Regional do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que pesquisa mensalmente o custo da Cesta Básica, composta de treze produtos, em quantidades estabelecidas pelo Decreto-Lei 399, de 30.04.38, que regulamenta a Lei do Salário Mínimo. Esses produtos e suas respectivas quantidades por pessoa adulta são: carne (6,0 Kg); leite (7,5 L); feijão (4,5 Kg); arroz (3,0 Kg); farinha de trigo (1,5 Kg); batata (6,0 Kg); tomate (9,0 Kg); pão de sal (6,0 Kg); café em pó (0,6 Kg); banana (7,5 Dz.); açúcar (3,0 Kg); óleo de soja (0,75 L) e manteiga (0,75 Kg).
Comparando com o mês anterior, os produtos que tiveram as maiores altas em agosto de 2017 foram a batata (10,17%), a banana (1,97%) e a farinha (1,73%). Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços foramo tomate (-28,14%), o feijão (-16,63%) e o açúcar (-7,87%).
Na variação em 12 meses, os produtos com as maiores elevações no preço médio foram a manteiga (11,61%), o café (7,84%) e o pão de sal (1,60%). Os produtos que apresentaram as maiores quedas em seu preço médio no período foramo feijão (-54,88%), a batata (-50,26%), e a banana (-32,78%).