Confiança da Construção sobe em novembro, aponta índice da FGV


O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, subiu 1,5 ponto em novembro, para 89,0 pontos, atingindo maior nível desde setembro de 2014 (89,9). Em médias móveis trimestrais, o índice registra alta de 0,5 ponto, mantendo a tendência ascendente iniciada em junho deste ano.

“Finalmente a melhora nas vendas e lançamentos registrados no mercado imobiliário em algumas cidades do país, notadamente São Paulo, começa a se refletir de modo mais expressivo nos indicadores. O avanço da Confiança setorial no mês foi impulsionado por Edificações: o Índice de Situação Atual (ISA) do segmento registrou o melhor resultado desde fevereiro de 2015. Ainda assim, vale lembrar que essa é uma base baixa, já afetada pela crise. Outro ponto relevante é que, a despeito da percepção mais positiva generalizada, o indicador de mão de obra prevista registrou queda na comparação com outubro e ainda há mais empresários apontando redução da mão de obra do que contratação nos próximos meses, observou Ana Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.

O alta do Índice de Confiança da Construção (ICST) em novembro deve-se principalmente à melhora da situação corrente. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 2,4 pontos, para 81,3 pontos e registra ganho acumulado de 8,9 pontos nos últimos seis meses.

O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 0,5 ponto, passando a 97,0 pontos, compensando a perda sofrida no mês anterior. Este resultado foi influenciado pela tendência dos negócios nos próximos seis meses, cujo indicador subiu 1,3 ponto, para 96,9 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor variou positivamente 0,4 ponto percentual, para 70,5%. Em relação aos NUCIs para Máquinas e Equipamentos e NUCI para Mão de Obra, as variações foram 0,3 e 0,5 ponto percentual.

Melhora o acesso ao Crédito
Uma questão relevante no movimento de retomada é o acesso ao crédito pelas empresas. Com a queda na taxa Selic, espera-se que o crédito para as empresas se torne mais acessível e com melhores condições. “Esse é um elemento fundamental na retomada. De fato, o indicador subiu 8,0 pontos no acumulado do ano, com uma melhora mais forte no segundo semestre: 4,5 pontos entre junho e novembro. Entre as parcelas deste indicador, a proporção de empresas que reportaram que está fácil conseguir crédito subiu 1,9 ponto percentual, para 9,2%, melhor resultado desde dezembro de 2014 (12,5%), enquanto que a proporção de empresas que reportaram que está difícil conseguir crédito recuou 1,3 ponto percentual, passando a 39,3%. No entanto, é importante observar que a percepção predominante entre os empresários é pessimista”, registrou Ana Maria Castelo.

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