Confiança do Consumidor aumenta, mas consumidores estão cautelosos

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) avançou 1,1 ponto em agosto, para 89,2 pontos, o maior valor desde abril desse ano (89,5 pontos). Em médias móveis trimestrais o indicador registrou alta de 0,9 ponto após cinco quedas consecutivas, quando acumulou perda de 7,5 pontos.

“A resultado de agosto mostra uma recuperação da situação atual mas ainda queda das expectativas. Apesar dos consumidores apostarem em uma melhora da situação financeira das famílias nos próximos meses, o ímpeto para consumir continua diminuindo, mostrando que consumidores de todas as classes de renda estão cautelosos”, destaca Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens.

Segundo a economista, isso está relacionado com a sustentabilidade da recuperação do orçamento familiar e do nível de endividamento das famílias, já que os consumidores mais otimistas são os que possuem menor poder aquisitivo e, possivelmente, sobre os quais haverá um maior impacto da liberação dos recursos do FGTS nos próximos meses.

“As perspectivas desses consumidores sobre mercado de trabalho, contudo, continuam caindo”, complementa.

Em agosto, pelo segundo mês consecutivo a satisfação em relação ao momento atual melhorou enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 3,4 pontos, para 78,7 pontos, o maior valor desde abril de 2015 (78,9), enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,5 ponto, para 97,2 pontos, se mantendo em patamar abaixo do nível neutro de 100 pontos pelo quinto mês consecutivo.

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