Diferença salarial entre homens e mulheres cai, mas ainda é de 20,7%

Os resultados, divulgados hoje, quarta-feira (26 pelo IBGE, do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), mostrou também que a participação das mulheres no pessoal salarial ocupado total aumentou de 41,9% para 44,6% entre 2009 e 2017. Segundo a analista da pesquisa, Denise Guichard, áreas onde há predominância de trabalhadoras têm apresentado as maiores altas de pessoal. Por exemplo, em 2017, houve aumento de 550,7 mil pessoas ocupadas assalariadas. Destes, 390 mil postos foram na seção saúde humana e serviços sociais enquanto educação respondeu por 247,4 mil.

Isso tem contribuído para a redução da desigualdade salarial entre homens e mulheres, que passou de 25% para 20,7%, entre 2009 e 2017. Mesmo assim, enquanto homens recebiam um salário médio mensal de R$ 3.086,00, o das mulheres era de R$ 2.555,84.

“As mulheres têm conseguido aumentos reais superiores aos dos homens. Se juntarmos aumento de mão de obra feminina com geração de novos postos de trabalho em áreas onde elas predominam, então aumenta a participação da mulher e os salários em termos reais”, explica Denise.

Salário de quem tem nível superior é quase três vezes maior do que quem não tem

O estudo revelou, ainda, que o percentual de ocupados com nível superior cresceu de 16,5% para 22,6%, entre 2009 e 2017. Isso representou aumento de 53,8% de pessoal com nível superior, passando de 6,6 milhões para 10,2 milhões de pessoas. O salário médio de quem possuía nível superior era quase três vezes superior às pessoas sem esse nível de instrução. Em 2017, o salário médio mensal variava de R$ 1.971,82, entre as pessoas sem nível superior, para R$ 5.832,38, entre as pessoas com nível superior.

“O pessoal assalariado ocupado com nível superior vem crescendo desde 2009 até nos períodos de crise. A pessoa com melhor formação tem mais chance de entrar no mercado de trabalho, ou seja, tem havido maior absorção de profissionais pelas empresas. Mas isso não quer dizer que estão em posto de nível superior”, conclui Denise Guichard.
*Agência IBGE Notícias

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