A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses recuou 0,1 ponto percentual (p.p.) em novembro, para 4,8%, mínima histórica registrada também em julho de 2007. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 0,8 p.p.. Os dados foram divulgados nesta segunda, 25, pela FGV.
“Dando continuidade à tendência de queda iniciada em julho desse ano, a expectativa de inflação dos consumidores em novembro volta a alcançar o patamar mínimo histórico tanto nas faixas de renda mais altas quanto na mediana. Apesar das previsões para o IPCA deste mês apresentarem aceleração da inflação, o bom comportamento do índice nos últimos meses parece contribuir cada vez mais para a ancoragem das expectativas à meta oficial”, afirma Renata de Mello Franco, economista da FGV IBRE.
Analisando a frequência da inflação prevista por faixas de respostas, a parcela dos consumidores que projetam valores abaixo do limite inferior da meta de inflação atual (2,75%) aumentou, de 5,6% em outubro para 6,4% em novembro, o maior percentual até o momento de 2019. Por outro lado, a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação (acima de 5,75%) para 2019 vem diminuindo desde junho. Em novembro caiu 2,6 p.p. atingindo 29,7%, a menor proporção desde abril de 2018 (29,4%).
Na análise por faixas de renda, a maior queda em novembro nas expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes ocorreu entre as famílias com renda familiar mensal entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, cuja expectativa mediana diminuiu 0,6 p.p., para 4,0%, o menor nível da série histórica. Para os consumidores de renda acima de R$ 9,6 mil, a expectativa mediana se manteve em sua mínima histórica de 4,0% pelo terceiro mês consecutivo.