Monsenhor Gerardo Magela é lembrado pela TV Globo-Minas

Durante a exibição de dez minutos de duração do documentário sobre o time profissional do Metalusina, de Barão de Cocais, o monsenhor Gerardo Magela Pereira, conhecido como padre Gerardo, foi lembrado na série “Os esquecidos” no programa Globo Esporte da TV Globo-Minas. Fotos, documentos, estátua, busto, referentes ao padre Gerardo, ele assinava artigos no jornal “Folha Cocaiense” (1950-1962) sobre as reclamações de pênaltis não marcados a favor do Metalusina, pelo folclórico juiz de futebol Cidinho “Bola Nossa” que torcia pelo Atlético Mineiro. Cidinho também foi lembrado na reportagem do Globo Esporte, que através do repórter Guto Rabelo, entrevistou também o atual presidente do time amador do Metalusina, Tareco (Antônio Carlos de Oliveira), que falou sobre o padre Gerardo e sobre a situação atual do clube, que almeja retornar à elite do campeonato mineiro. Um artigo do jornalista e escrito cocaiense J. D. Vital, intitulado “Padre Gerardo. Consultor do povo” publicado no jornal Estado de Minas – Diários Associados, na década de 1990, por ocasião do falecimento do sacerdote, misto de político e empreendedor foi destacado na reportagem, ilustrada com fotos do padre Gerardo, dando saída de bola nas partidas, sempre vestido da inseperável batina preta.

Ainda, entrevistou o lendário jogador do time profissional do Metalusina, o ponta esquerda Tiriri, de 86 anos de idade, vestido com a camisa verde-amarela do clube, que possue as cores da Seleção Brasileira de Futebol. Ele relatou momentos de partias entre os clubes da capital mineira, Atlético, Cruzeiro e América, que foram derrotados no estádio Alencar Peixoto, conhecido com o “campo do Metalusina”, construído na década de 1930 pelo engenheiro Alencar Peixoto, então gerente da Usina Barão de Cocais (CBUM-Gerdau) que financiava o time profissional do Metalusina, empregando jogadores no quadro de funcionários da empresa.

Tiriri lembrou que o padre Gerardo, de batina preta, onde escondia um suposto revólver, para amedrontar torcedores adversários durante as partidas de futebol, que ele era assíduo. O jogador Tiriri, vaticinou que o padre Gerardo era “brabo” e muito valente, não aceitando desaforo. Finalmente também entrevistou aquele que conviveu com o padre Gerardo, o ex-ministro da eucaristia e atual diácono permanente da Igreja Católica, o comerciante aposentado José Apolinário dos Santos Filho (diácono Apolinário). A entrevista foi no interior da Matriz São João Batista do Morro Grande, (1764-1785), primeiro projeto arquitetônico de Aleijadinho, onde o padre Gerardo celebrava e pregava sermões ácidos para a população atenta. Ele adiantava o horário das celebrações das missas, segundo o diácono Apolinário, para assistir o Metalusina, seu clube de paixão esportiva. Por isso, ele era lembrado sempre como o primeiro padre que presidiu um time profissional no Brasil, nas décadas de 1950 a 1960.
*Leonel Marques

Comentário

Barão de CocaisEsportes