Quadrilha roubava ouro na mina de Santa Bárbara

As empresas mineradoras de ouro, AngloGold Ashanti (mina de São Bento e Córrego do Sítio) e Jaguar Mining (mina de Brumal), ambas situadas em Santa Bárbara e próximas da cidade de Barão de Cocais, foram palco de roubo de pepitas de ouro das empresas por uma quadrilha organizada na região do Caraça e em Belo Horizonte, no caso os receptores do ouro. Foram feitas 31 buscas nas residências dos suspeitos, sendo 21 pessoas presas pela Polícia Civil, durante a operação Quimera, de combate ao roubo de ouro em mineradoras de Santa Bárbara. Foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e em Barão de Cocais, João Monlevade e Santa Bárbara.

O alvo dos criminosos eram mineradoras como a AngloGold Ashanti, terceira maior do mundo, e a Jaguar Mining, outra grande multinacional. Segundo o Delegado de Polícia de Santa Bárbara, que chefiou as investigações, Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto, os criminosos agiam desde 2016. A Polícia chegou a eles após denúncia das próprias mineradoras de Santa Bárbara que foram lesadas. São eles: o vice-presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Bárbara, Fábio Junio Moreira Leite, que no bando era conhecido como “doutor”. Além dele a polícia prendeu Adriano Motta, seu irmão André Motta Coelho, Adriano Augusto Barbosa, Anderson Lúcio Barbosa, Aluísio de Jesus Barbosa, Júlio César Leite (irmão do vice-presidente da OAB de Santa Bárbara, Renato Barbosa “Chim”, Pablo dos Santos Barbosa, Warley dos Santos Barbosa “Trouxa”, Higor Gustavo Sales, Rodrigo Joseph Bruschec Araújo, Jorgiano Francisco Cirilo dos Santos, Yuri Silva Santos, Vinícius Carvalho Neves, Rondinele Pereira, Neto, Dener Reis Silva, Elias Amaro de Paula, Norival José Batista “Didi”, Alair Estanislau da Silva e Luís André Oliveira Santos.

De acordo com o organograma divulgado na internet pela Polícia Civil de Santa Bárbara, os Adriano Motta e Adriano Barbosa seriam os líderes do esquema. A mão de Adriano e André, Eva Motta não chegou a ser presa, mas é suspeita de participação no roubo de ouro. Segundo a Polícia, ela guardava alguns objetos do bando.

A Operação batizada de Quimera, foi uma megaoperação que incluiu cerca de 100 policiais das delegacias regionais de Itabira, João Monlevade, Ponte Nova\, Manhuaçu, Caratinga e Ipatinga, além de todo o efetivo de Santa Bárbara. Foram mobilizados 30 viaturas e um helicóptero. Os mandados expedidos pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), foram cumpridos em Belo Horizonte, João Monlevade, Barão de Cocais e Santa Bárbara, onde foi localizada a maior parte da quadrilha, que tinha como integrantes funcionários e ex-funcionários da AngloGold Ashanti. Donos e funcionários de joalherias integrariam a quadrilha, suspeita ainda de comandar o tráfico de drogas no distrito de São Bento e Brumal, em Santa Bárbara. Foram apreendidas cerca de 80 pepitas de ouro puro, 20 veículos, além de farto material utilizado na detecção, lavagem e processamento de ouro, telefones, radiocomunicadores.
*Leonel Marques

Comentário

GeralSanta Bárbara