No dia 15 de setembro, às 14h20, no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, na Basílica das Romarias, será celebrada Sessão Solene da Abertura do Processo de Beatificação do Monsenhor Domingos Evangelista Pinheiro (Monsenhor Domingos), com a presença do Postulador da Causa dos dos Santos, da Santa Sé Apostólica, Dr. Paolo Vilotta.
Às 15h, dom Walmor, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, preside Missa na Basílica das Romarias e às 16h30, fiéis seguem em procissão para o Recanto Monsenhor Domingos para benção do sarcófago e inauguração da visitação.
História
Nascido em Caeté, no dia 21 de julho de 1843, monsenhor Domingos Evangelista Pinheiro dedicou sua vida ao cuidado com os pobres e à evangelização. O seu legado permanece vivo, no trabalho missionário das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, Congregação que fundou. Monsenhor Domingos faleceu em 6 de março de 1924,
Sua vocação nasceu no Santuário da Padroeira de Minas, onde sentia-se tocado pelas canções marianas entoadas pelas mulheres negras, naquela época, ainda escravas. Depois de ordenado padre, no dia 17 de janeiro de 1869, monsenhor Domingos, que já se dedicava a cuidar dos mais pobres, intensificou ainda mais o seu trabalho missionário. Tornou-se guardião do Santuário Nossa Senhora da Piedade e instituiu, em 1876, a celebração do Jubileu, acolhendo grandes peregrinações.
Em 1878, junto ao Santuário, monsenhor Domingos criou o Asilo São Luís, para acolher meninas órfãs e filhas de escravas, libertas pela Lei do Ventre Livre (promulgada em 28 de setembro de 1871, a Lei determinava que crianças filhas de escravos, nascidas a partir daquela data, estariam livres). Para ajudá-lo nesse trabalho e também no cuidado com o Santuário, monsenhor Domingos instituiu a Irmandade de Nossa Senhora da Piedade, em 1875. E quase 20 anos depois, em 1892, criou a Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, que ainda hoje cuida das obras iniciadas por seu fundador.
A marcante trajetória do monsenhor Domingos Evangelista Pinheiro – sacerdote diocesano, do clero da Arquidiocese de Belo Horizonte -, com a sua dedicação ao Santuário da Padroeira de Minas Gerais e às pessoas mais sofridas, fez com que o povo, carinhosamente, passasse a chamá-lo de “O Evangelista da Piedade”. Esse reconhecimento também inspirou o Papa Pio X a destacar, oficialmente, a integridade, a tenacidade, o zelo religioso com o ministério, a atividade missionária e o trabalho dedicado aos pobres, do “Evangelista da Piedade”, conferindo-lhe o título de monsenhor – concedido pela Igreja aos padres que se destacam no exercício do ministério.