A juíza titular da comarca de Santa Bárbara, recém-empossada Fabiana Gonçalves da Silva Ferreira de Melo, determinou a prisão do vereador Geraldo Magela Ferreira “Carrapicho”, que estava foragido da Justiça e dias depois se entregou ao delegado de Polícia interino de Barão de Cocais, Paulo Tavares Neto, sendo conduzido ao presídio de Barão de Cocais.
Carrapicho estava afastado do cargo de vereador desde julho e está na lista dos 31 denunciados pelo Ministério Público à Justiça, por suposto envolvimento em crimes na Câmara Municipal de Santa Bárbara. Ainda foram afastados dos cargos, por determinação da juíza, os sete vereadores: Geraldo Magela Silva e Wellington Flávio Rezende do Carmo (ambos do PP), Luciano Pires da Silva (PHS), Paulo Henrique da Rocha (PDT), Geraldo Carneiro e Bruno Henrique Ferreira (ambos do DEM) e Anderson Gomes Penna (SD).
Com isso, apenas permaneceram na Câmara de Santa Bárbara Carlos Augusto Bicalho Fonseca “Guto” (PDT), que é o atual presidente interino do Legislativo, Moisés Joviano de Melo (Rede), Moisés Cardoso Sanches (PSL) e Geraldo Magela Lopes “Geraldinho do Bar” (PV), que assumiram como suplentes após o impedimento dos titulares, também em decorrência da Operação Apollo 13, deflagrada pela Polícia Civil de Santa Bárbara, sob o comando do delegado Domiciano Monteiro.
O processo, que tem quase 2,4 mil página, cita 31 réus e lista cerca de 80 crimes que teriam sido praticados por eles. Entre os réus, neste novo processo, estão três vereadores que continuam no presídio de Barão de Cocais desde 27 de julho: Ermelindo Francisco Ferreira (PSL), Juarez Camilo Carlos (PSDB), que é presidente afastado do Legislativo, e Luís Fernando Hosken Fonseca (PSL). E também o vereador Timóteo de Lourdes Ferreira (DEM) que está afastado do cargo desde o início da operação Apollo 13 e os ex-presidentes da Câmara, Frederico Magalhães Ferreira (que está no presídio Nelson Hungria, em Contagem) e José Ladislau “Dedé” Ramos, que está no presídio cocaiense.
A lista dos réus neste processo inclui os empresários Madson Geraldo Arcanjo (preso em Barão de Cocais) e Philipe Lima Moreira (que está foragido), além dos ex-chefes de gabinete da Câmara, Maria Aparecida Ferreira da Silva (presa em Rio Piracicaba) e Wilian da Silva Mota, preso na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Santa Bárbara. Também são réus neste processo, mas não tiveram a prisão decretada, os empresários Breno Ramos Moreira, Cláudio Manoel Araújo, Eudes da Silva Fonseca, Geraldo Moreira (pai do empresário Philipe Lima Moreira, que está foragido), José Bonifácio Ferreira (ex-cronista do jornal A província, de Santa bárbara) e Maria Piedade Luíza Silva.
Entre os réus, 31 ao todo, destacam-se o advogado Luís Carlos Monteiro de Barros (ex-assessor jurídico da Câmara), Virgílio Eustáquio Horta de Almeida, que é chefe de gabinete do deputado estadual Thiago Costa, e o jornalista Guilherme Antônio Assis, assessor de Comunicação da Câmara, afastado, e ex-assessor de imprensa da Prefeitura de Barão de Cocais, na gestão Armando Verdolin.
*Leonel Marques