Em maio de 2019, a produção industrial nacional caiu 0,2% frente a abril (série com ajuste sazonal), eliminando parte do acréscimo de 0,3% do mês anterior, de acordo com dados divulgados hoje (02/07) pelo IBGE. No confronto com maio de 2018 (série sem ajuste sazonal), a indústria cresceu 7,1%, após registrar quedas em março (-6,2%) e abril (-3,9%). Assim, o setor industrial acumulou perda de 0,7% nos cinco primeiros meses de 2019. O acumulado dos últimos 12 meses, ao passar de -1,1% em abril para 0,0% em maio, interrompeu a trajetória descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%). Veja a publicação completa e mais informações no material de apoio.
18 dos 26 ramos pesquisados apresentam queda em maio
Além do decréscimo de 0,2% da atividade industrial na passagem de abril para maio de 2019, 18 dos 26 ramos pesquisados tiveram taxas negativas, com destaque para o recuo de 2,4% em veículos automotores, reboques e carrocerias, que devolveram parte do avanço de 6,4% de abril. Outras contribuições negativas relevantes vieram de bebidas (-3,5%), couro, artigos para viagem e calçados (-7,1%), outros produtos químicos (-2,0%), produtos de metal (-2,3%), produtos de minerais não-metálicos (-2,1%) e produtos diversos (-5,8%), com todos revertendo o comportamento positivo do mês anterior: 3,5%, 5,8%, 4,5%, 1,4%, 0,5% e 3,6%, respectivamente.
Por outro lado, entre os oito ramos com altas, o desempenho de maior importância foi registrado por indústrias extrativas, que avançou 9,2% e eliminou parte do recuo de 25,6% acumulado nos quatro primeiros meses de 2019. Destaca-se ainda o impacto positivo do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%), que interrompeu dois meses consecutivos de queda e acumulou perda de 4,9%.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não-duráveis (-1,6%) e bens de consumo duráveis (-1,4%) tiveram taxas negativas, com ambas eliminando parte do avanço no mês anterior: 2,8% e 3,3%, respectivamente. Por outro lado, os setores de bens intermediários (1,3%) e de bens de capital (0,5%) tiveram resultados positivos, com o primeiro interrompendo quatro meses consecutivos de queda, período em que acumulou recuo de 4,4%; e o segundo completando o quarto mês seguido de expansão e acumulando ganho de 10,0% nesse período.