Sgpan comemora(?) 10 anos de atividade neste 19 de junho

A Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza de Caeté (Sgpan), completa hoje, dia 19 de junho, 10 anos de atividade.
A Sgpan expõe que ela existe “porque o poder público ainda não cumpre a lei 21.970/2016, fruto de muita luta de quatro protetoras de Belo Horizonte, que se empenharam ao longo de anos na Assembleia Legislativa, para que fosse aprovada. Esta lei obriga os municípios a fazerem basicamente castração em massa de cães e gatos e programas de conscientização da população para a guarda responsável dos animais”.

Mas, segundo a Sgpan, “finalmente o poder público de Caeté – Prefeitura e Câmara – , depois de muita luta e cobrança da Sgpan, estão se mobilizando para o cumprimento da lei”.
Nestes 10 anos, a ONG calcula que “já socorremos mais de 3.000 animais, castramos cerca de 1.300 cães e gatos e conseguimos adotantes para mais de 1.000”.
Vivendo a situação dos animais abandonados nas ruas de Caeté, a Sgpan considera que a origem do problema está na ausência de preocupação com a reprodução de cães e gatos domesticados, provocando, na sequência, o drama destes animais vagando e agonizando pela ruas, doentes e até transmitindo doenças.

A solução, segundo a ONG, é alcançar o controle populacional pondo fim ao abandono e maus tratos destes animais, através da castração em massa. A Sgpan estima que “Caeté precisa fazer, no mínimo, 140 castrações por mês, 35 por semana, 7 por dia , para que dentro de três a quatro anos a cidade não tenha animais abandonados e doentes pelas ruas”.
Todas estas ações para cães e gatos estão previstas na lei 21.970/2016. Há ainda a lei 22.231/2016 que prevê punição àqueles que cometem maus tratos.

Como a Prefeitura ainda não cumpre a lei, a ONG fica com o ônus do trabalho voluntário de resgatar, transportar, abrigar, alimentar, medicar, dar lar temporário e arrumar adotante, além de pagar as despesas com ração e atendimento veterinário. Dois projetos tramitam na Câmara Municipal e, de acordo com a ONG “nossa esperança é que sejam cumpridos para benefício não só de animais, mas também da saúde das pessoas”.
Ao assumir o amparo aos animais abandonados e buscar meios de controle da população dos animais, fazendo o que seria obrigação do Município, a Sgpan chega aos dez anos com o fardo adicional de uma dívida de cerca de R$ 30mil, o que levou a entidade a suspender, recentemente, o socorro aos animais. Nos últimos meses a contabilidade da ONG registrava receita de cerca de 8.500 reais/mês, em doações, para despesas que chegavam a 16.300 reais o que colocava a entidade diante de uma perspectiva de endividamento crescente e insolúvel.

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