Vice-ministro chinês é eleito novo diretor-geral da FAO

Chinês tinha o apoio da ministra da Agricultura do Brasil


O vice-ministro de Agricultura e Assuntos Rurais da China, Qu Dongyu, foi eleito neste domingo (23) o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Dongyu recebeu 108 dos 191 votos e venceu, já no primeiro turno, os candidatos da França, Catherine Geslain-Lanéelle, e da Geórgia, David Kirvalidze.

Dongyu venceu os candidatos da França, Catherine Geslain-Lanéelle, que teve 71 votos, e da Geórgia, Davit Kirvalidze, com 12 votos. Ele é vice-ministro da Agricultura da China desde 2015, PhD em Ciências Agrícolas e do Meio Ambiente. Sua pauta é voltada para a facilitação da agenda internacional de países em desenvolvimento e inclusão digital no campo. Em seu discurso de apresentação, Dongyu defendeu a inovação e o uso da tecnologia na agricultura.

Dongyu visitou o Brasil, em março passado, quando manteve reuniões no Ministério das Relações Exteriores e no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Argentina e Uruguai também apoiaram a eleição de Dongyu.

Nascido em 1963, Dongyu vai substituir o brasileiro José Graziano que, desde 2012, comandava a organização por dois mandatos sucessivos. Defensor de maior alinhamento das políticas da FAO com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, o chinês contou com o apoio de países como Brasil, Argentina e Uruguai. Ele será o nono diretor-geral desde que a organização foi fundada. Seu mandato terá início em 1º de agosto de 2019, com previsão de término em 31 de julho de 2023.

Na última sexta-feira (21), após se reunir com Dongyu em Roma, onde acontece a 41ª conferência da FAO, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina expressou o seu apoio e se comprometeu a trabalhar para convencer os representantes de outros países a votarem no então candidato chinês.

Para o Brasil, contou a favor de Dongyu sua defesa do uso de tecnologia para fortalecer a agricultura e a promessa de, se eleito, garantir maior apoio da FAO aos estados membros. O chinês prometeu ainda criar programas específicos para mulheres e jovens agricultores.

Criada em 1945, a FAO atua como uma organização intergovernamental na qual os 194 países-membros, mais a Comunidade Europeia como bloco único, discutem e estabelecem normas internacionais, negociando acordos e promovendo iniciativas estratégicas de modernização das atividades agrícolas, florestais e pesqueiras com o objetivo de erradicar a fome no mundo e garantir a segurança alimentar.
Com informações da Agência Brasil e Ministério da Agricultura

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