Em junho, houve elevação do valor do conjunto de alimentos essenciais em 15 capitais, como indicam os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As altas mais expressivas foram registradas em Cuiabá (7,54%), Recife (5,82%), Curitiba (3,84%), Belém (3,83%) e Porto Alegre (3,45%). As reduções ocorreram apenas em Campo Grande (-4,51%), Florianópolis (-3,70%), Belo Horizonte (-0,32%), Goiânia (-0,23%) e Rio de Janeiro (-0,10%).
Em Belo Horizonte, o custo da cesta alimentar mínima necessária para uma pessoa adulta, foi de R$ 373,92 no mês de junho de 2018. Com relação ao mês anterior houve queda de -0,32%.
Comparando com o mês anterior, os produtos que tiveram maior alta em junho de 2018 foram o leite (15,49%), o açúcar (6,63%) e o feijão (5,46%). Os produtos que apresentaram queda de preços foram o tomate (-22,32%) e a banana (-3,59%).
Na variação em 12 meses, os produtos que tiveram elevação no preço médio foram o leite (14,38%), a batata (13,90%) e o tomate (11,90%). Os produtos que apresentaram as maiores reduções em seu preço médio no período foramo feijão (-38,89%), o açúcar (-21,33%) e o café (-5,83%).
O trabalhador que ganha o Salário Mínimo recebeu R$877,68 após os descontos da parcela referente ao INSS sobre o valor bruto de R$ 954,00. Gastou, portanto, 42,60% do seu rendimento líquido para adquirir integralmente a alimentação mínima necessária estabelecida pelo governo, para o seu próprio sustento (sem falar no de sua família e nas demais despesas de seu orçamento familiar).
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em junho de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.804,06, ou 3,99 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00. Em maio, tinha sido estimado em R$ 3.747,10, ou 3,93 vezes o piso mínimo do país. Em junho de 2017, o mínimo necessário era equivalente a R$ 3.727,19, ou 3,98 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937,00.