Número de migrantes internacionais no mundo chega a 272 milhões

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Foto de adolescente com criança
Número de migrantes internacionais no mundo chega a 272 milhõeO mundo hoje tem cerca de 272 milhões de migrantes internacionais. Segundo estimativas do Relatório de Migração Global 2020, divulgado quarta-feira (27) pela Organização Internacional para Migrações, OIM. Dois terços dessas pessoas são considerados migrantes de mão-de-obra.

No primeiro relatório do tipo, publicado no ano 2000, os migrantes internacionais representavam 2,8% da população global, com 150 milhões. Em 20 anos, este índice pulou para 3,5%, com um aumento de 122 milhões.

Dados do relatório indicam que os Estados Unidos da América são o principal país de destino dos migrantes internacionais desde 1970. Desde então, o número de estrangeiros nascidos no país mais do que quadruplicou, de menos de 12 milhões em 1970 para quase 51 milhões em 2019.

A Alemanha, o segundo principal destino de migrantes, também observou um aumento ao longo dos anos, de 8,9 milhões em 2000 para 13,1 milhões em 2019.

Os cinco principais países de destino de migrantes internacionais incluem ainda Arábia Saudita, Rússia e Reino Unido.

Migrantes
Mais de 40% de todos os migrantes internacionais em todo o mundo em 2019 nasceram na Ásia, sendo a Índia o maior país de origem, com 17,7 milhões. Em segunda posição aparece o México, com 11,8 milhões, seguido da China, com 10,7 milhões. Vários outros países europeus têm populações consideráveis de emigrantes, incluindo Ucrânia, Polônia, Reino Unido e Alemanha.

Em relação à distribuição de migrantes internacionais por grupo de renda dos países, quase dois terços deles, cerca de 176 milhões, residiam em países de alta renda em 2019. Outros 82 milhões viviam em países de renda média e 13 milhões em países de baixa renda.

Conflitos
Os dados globais apontam que o deslocamento causado por conflito, violência generalizada e outros fatores permanece em um nível recorde. No final de 2018, o número de pessoas deslocadas internamente devido a violência e conflito atingiu 41,3 milhões.

Esse foi o número mais alto registrado desde que o Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno começou a monitorar em 1998. Mais de 30 milhões, quase 75% do total global dessas pessoas deslocadas vivem em apenas 10 países.

A Síria foi a nação que teve o maior número de pessoas deslocadas, com 6,1 milhões até o final de 2018. Mais de 30% da população do país foram deslocados devido a conflitos e violência.

Desastres Naturais
O estudo destaca também que há evidências crescentes de que a magnitude e a frequência de eventos climáticos extremos estão aumentando, e isso deve afetar cada vez mais a migração e outras formas de movimento.

No final de 2018, havia um total de 28 milhões de novos deslocamentos internos em 148 países. Desastres desencadeados por questões climáticas, como tempestades e inundações, deslocaram 16,1 milhões dessas pessoas.

Já as secas geraram 764 mil novos deslocamentos em 2018, a maior parte deles no Chifre da África.

Refugiados
Também até o final de 2018, havia um total de 25,9 milhões de refugiados em todo o mundo. Este índice é o mais alto já registrado, embora a taxa anual de crescimento tenha diminuído desde 2012.

Outras 3,5 milhões de pessoas buscavam proteção internacional e aguardavam a determinação de seu status de refugiado. Em 2018, aproximadamente 2,1 milhões de pedidos de asilo foram apresentados aos Estados ou ao Acnur.

Os Estados Unidos foi o país que recebeu mais solicitações, com 254, 3 mil novos pedidos.

O Peru foi o segundo maior destinatário, com um aumento acentuado dos pedidos de asilo, de 37,8 mil solicitações em 2017 para 192,5 mil em 2018. A maior parte destes, 190,5 mil, foram apresentados por venezuelanos.

O Acnur estima que, no final de 2018, os menores de 18 anos constituíam aproximadamente 52% da população global de refugiados.