Confiança da Construção inicia segundo semestre em alta, aponta índice da FGV

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Foto ilustrativa de construção civil
O Índice de Confiança da Construção (ICST), do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), subiu 2,6 pontos em julho, para 85,4 pontos, voltando ao nível observado em dezembro de 2018 (85,4 pontos). Em médias móveis trimestrais, o ICST avançou 1,0 ponto.

“O segundo semestre inicia com alta da confiança, a segunda consecutiva, refletindo uma melhora no ambiente de negócios corrente e expectativas de curto prazo mais favoráveis. A iminência de aprovação da reforma da Previdência e a retomada das obras do Programa Minha Casa Minha Vida certamente contribuíram para a melhora do cenário nesses dois últimos meses. No entanto, se a adoção de uma política para incentivar o consumo comprometer a fonte de financiamento do programa habitacional, não haverá sustentação nessa melhora a médio e longo prazo”, observou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

Em julho, o ICST subiu pelo segundo mês consecutivo, influenciado tanto pela melhora da situação corrente quanto pelas expectativas do curto prazo. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) avançou 1,5 ponto, para 75,1 pontos, retornando ao mesmo nível de janeiro de 2019 (75,1 pontos).

Expectativas setoriais
Na comparação interanual, o ICST aumentou 4,4 pontos. A abertura por segmentos aponta que foi o segmento de Obras de Infraestruturas que registrou a maior elevação do índice. Especialmente, o Índice de Expectativas registra forte alta nessa comparação, impulsionado pelo quesito demanda prevista do segmento de Obras de Infraestrutura. “Possivelmente as incertezas sobre a continuidade do Programa Minha Casa Minha Vida tenham arrefecido as expectativas dos empresários do segmento de Edificações. Por outro lado, a perspectiva de melhora no ambiente de negócios trouxe maior ânimo aos empresários do segmento de Obras de Infraestrutura. No entanto, ainda não se tem elementos que permitam vislumbrar uma melhora robusta na atividade no curto prazo”, observou Ana Maria Castelo.

A edição de julho de 2019 coletou informações de 701 empresas entre os dias 01 e 23 deste mês.