Custo da Cesta básica em Belo Horizonte tem queda de 2,85% em julho

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O custo da Cesta Básica em Belo Horizonte, cesta alimentar mínima necessária para uma pessoa adulta, foi de R$ 363,28 no mês de julho de 2018. Com relação ao mês anterior houve queda de -2,85%.

O trabalhador que ganha o Salário Mínimo recebeu R$877,68 após os descontos da parcela referente ao INSS sobre o valor bruto de R$ 954,00. Gastou, portanto, 41,39% do seu rendimento líquido para adquirir integralmente a alimentação mínima necessária estabelecida pelo governo, para o seu próprio sustento (sem falar no de sua família e nas demais despesas de seu orçamento familiar). Para comprar a alimentação mínima necessária, esse trabalhador precisou trabalhar, em julho de 2018,83 horas e 47 minutos. Em junho de 2018 foram necessárias 86 horas e 14 minutos.

Levando-se em conta uma pequena família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, e supondo-se que as duas crianças consomem o equivalente a um adulto, o trabalhador belorizontino gastou R$ 1.089,84 somente para cobrir a despesa mínima familiar com alimentação.

Com base no custo da Cesta Básica das diversas capitais pesquisadas e considerando-se ainda o peso das demais despesas no orçamento familiar, o Dieese estima, mensalmente, o valor necessário para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, conforme assegura o art. 7º, item IV da Constituição Federal. Para atender esse preceito constitucional, o Salário Mínimo Necessário, em julho de 2018, teria que ser de R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o Salário Mínimo, de R$954,00.

Esses dados foram fornecidos pelo Escritório Regional do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que pesquisa mensalmente o custo da Cesta Básica, composta de treze produtos, em quantidades estabelecidas pelo Decreto-Lei 399, de 30.04.38, que regulamenta a Lei do Salário Mínimo. Esses produtos e suas respectivas quantidades por pessoa adulta são: carne (6,0 Kg); leite (7,5 L); feijão (4,5 Kg); arroz (3,0 Kg); farinha de trigo (1,5 Kg); batata (6,0 Kg); tomate (9,0 Kg); pão de sal (6,0 Kg); café em pó (0,6 Kg); banana (7,5 Dz.); açúcar (3,0 Kg); óleo de soja (0,75 L) e manteiga (0,75 Kg).

Comparando com o mês anterior, os produtos que tiveram maior alta em julho de 2018 foram o leite (8,30%), a farinha (7,11%) e o pão (2,87%). Os produtos que apresentaram maior queda de preços foram o tomate (-25,57%), a batata (-20,68%) e a banana (-14,08%).

Na variação em 12 meses, os produtos que tiveram maior elevação no preço médio foram a batata (32,20%), o leite (25,91%) e a farinha (8,17%) Os produtos que apresentaram as maiores reduções em seu preço médio no período foramo tomate (-43,94%), o feijão (-36,52%) e o açúcar (-17,59%).

O custo da cesta básica diminuiu em 19 capitais
Em julho, o valor do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 19 capitais, segundo os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As reduções mais expressivas foram registradas em Cuiabá (-8,67%), São Luís (-6,14%), Brasília (-5,49%), Belém (-5,38%), Rio de Janeiro (-5,32%) e Curitiba (-5,12%). A alta foi verificada em Goiânia (0,16%).
A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 437,42), seguida pela de Porto Alegre (R$ 435,02) e Rio de Janeiro (R$ 421,89)1. Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 321,62), São Luís (R$ 336,67) e Natal (R$ 341,09).
Em 12 meses, entre julho de 2017 e 2018, os preços médios da cesta caíram em todas as cidades, com destaque para as taxas de Salvador (-9,98%), São Luís (-8,41%) e Belém (-7,09%). Nos primeiros sete meses de 2018, a única capital que apresentou taxa acumulada negativa foi a de Florianópolis (-0,80%); as demais mostraram aumento acumulado, com variações entre 0,46%, em Belo Horizonte, e 5,51%, em Vitória.

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