O irmão Clemente (Waldemar Úrsula de Jesus, que estava residindo no Santuário de São João da Boa Vista, desde 2006, foi transferido para o Santuário Nacional da Aparecida, Aparecida do Norte (SP), marcado para o dia 7 de fevereiro. Ele arrumou as suas malas e chegou a Aparecida do Norte, duas semanas antes da data prevista, ou seja, partiu de São João da Boa Vista, no dia 22 de janeiro, numa quinta-feira. Já está residindo e trabalhando como sacristão no Santuário da Aparecida, onde volta a recebe também os romeiros de toda parte do país, entre eles, os romeiros de Barão de Cocais e região do Caraça, tornando-se embaixador cocaiense. Irmão Clemente trabalhou por mais de 26 anos no Santuário da Aparecida e agora retornar à casa dos redentoristas, que o acolheu no início de sua trajetória religioso-redentorista há 52 anos. Quando completou o Jubileu de Ouro (50 anos) de vida religiosa, o Irmão Clemente, de 85 anos de idade, recebeu várias homenagens em sua terra natal adotiva, Barão de Cocais, onde chegou com os seus pais, aos 6 anos de idade, onde residiu por mais de 25 anos.
Natural de Itabira, terra natal do poeta maior Carlos Drummond de Andrade e berço da Mineradora Vale, Waldemar Úrsula de Jesus, Nasceu no dia 21 de outubro de 1933, sendo filho do casal Joana Diogo dos Santos e Angelo Juscelino de Jesus, ambos falecidos em Barão de Cocais, onde o menino Waldemar chegou no dia 4 de maio de 1939, quando o lugar era conhecido como distrito de São João do Morro Grande, emancipado em 31 de dezembro de 1943. Em Morro Grande, hoje Barão de Cocais, ele estudou até o curso primário e aprendeu o ofício de alfaiate e foi metalúrgico, trabalhando pouco tempo na Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas (CBUM, atual Gerdau). Em outubro de 1964, após residir 25 anos em Barão de Cocais, Waldemar partiu rumo ao Santuário da Aparecida para dedicar-se à vida religiosa como Irmão Clemente, em substituição ao seu nome de batismo, Waldemar Úrsula de Jesus, passando a pertencer à Congregação Redentorista. Mas ele nunca esqueceu a sua terra adotiva, Barão de Cocais, sempre retornando duas vezes por ano, para visitar amigos cocaienses, pois membros de sua família já se encontram sepultados no cemitério local. Ultimamente vinha visitar o seu saudoso irmão Benedito Acácio de Jesus (Bené) que era conhecido colecionador de fatos e histórias da cidade, arquivando jornais e documentos desde a emancipação do município. Com seu falecimento há quatro anos, o Irmão Clemente resolveu doar todo o seu acervo histórico de seu irmão Bené, conhecido como enciclopédia ambulante, ao Centro de Referência Histórica (CRH) de Barão de Cocais, que está sendo transferido para o Museu de Cocais, na Vila Colonial de Cocais, Durante a comemoração dos 50 anos de vida religiosa do Irmão Clemente, teve de participar da missa solene concelebrada pelo seu amigo ex-padre do Santuário da Aparecida, atual arcebispo de Diamantina, dom Darci José Nicioli juntamente com os padres redentoristas que vieram da Aparecida do Norte.
*Leonel Marques