Desde que foi escolhida, em outubro, para se transformar na temporária cidade cenográfica da Rede Globo, Catas Altas começou a sentir os efeitos positivos da produção. O retorno financeiro é um deles e já se tornou evidente, através da criação de postos de empregos temporários, da lotação das pousadas, da locação dos imóveis para servirem de cenário e da movimentação nos restaurantes e comércio em geral.
“Diretamente, Catas Altas não recebeu dinheiro da TV Globo. As filmagens em todos os imóveis públicos foram autorizadas por meio de termo de uso gratuito. Mas, indiretamente, o retorno é altíssimo. A Rede Globo é uma rede de televisão com alcance nacional e internacional. A Prefeitura de Catas Altas não teria como promover a cidade nesta proporção. A visibilidade que Catas Altas vai ter é um lucro sem precedentes na região”, explicou o assessor de imprensa, Miguel Sá.
As montanhas caracenses e o patrimônio histórico de Catas Altas, pacata cidade de 5 mil habitantes, foram escolhidos pela Rede Globo para servirem de cenário da minissérie “Se eu fechar os olhos agora”, de autoria de Ricardo Linhares e direção de Carlos Manga Júnior. A narrativa é uma adaptação da obra literária do jornalista e escritor Edney Silvestre.
As gravações da minissérie começaram em novembro e estão movimentando o município de pouco mais de cinco mil habitantes, que estão encantados com o cenário montado e com o time de peso escalado para fazer parte da produção. Os atores globais Murilo Benício, Mariana Ximenes, Débora Falabella, Antônio Fagundes, Jonas Bloch, Antônio Grassi, Marcos Breda, Lidi Lisboa, Paulo Rocha, são alguns dos artistas que estão circulando pela histórica cidade bicentenária, berço do Santuário do Caraça.
A minissérie, um triller de dez capítulos, se passa na fictícia Vila de São Miguel, em 1961, e contará a história de dois adolescentes que investigam um crime. A previsão é que a minissérie seja exibida em janeiro de 2019 e um pouco antes para assinantes do Globoplay.
*Leonel Marques