Causou pesar em Barão de Cocais, a morte do empresário e ex-vereador Joaquim Duarte, 99 anos de idade, proprietário do posto de combustíveis São José (ex- Posto Zema). Ele morreu na madrugada de sábado e foi sepultado no domingo, dia 11, Dia dos Pais, no cemitério da cidade, que o acolheu na década de 1940. Natural de Piraúba, na Zona da Mata mineira, onde nasceu no dia 21 de abril de 1920, sendo filho de fazendeiros. Estudou os ensinos fundamentais na sua terra natal, Piraúba e, adolescente, foi trabalhar na fábrica de picolés em Nova Era, onde adquiriu o apelido de “Joaquim Picolé”. Com a recém inaugurada Companhia Vale do Rio Doce (Vale), em Itabira, no ano de 1942, Joaquim ingressou na empresa de mineração, onde conheceu o engenheiro Waldir Emerich Soeiro, que seria depois sub-gerente da Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas (CBUM – atual Gerdau) que o convidou para trabalhar na empresa, em Barão de Cocais. Joaquim Duarte ingressou na CBUM como escriturário e autodidata, aprendeu a falar fluentemente inglês e alemão. Com a saída do engenheiro Waldir Soeiro da CBUM, para ser diretor da Mannesmann, em Belo Horizonte, ele quis dispor do posto de combustíveis São José e o repassou a preços módicos para o seu amigo Joaquim Duarte que depois abriu uma loja de peças automotivas, em frente ao posto de combustíveis e, no seu entorno, construiu a sua residência e o prédio que abriga o INSS. Também alugou um espaço do posto de combustíveis para funcionamento de uma lanchonete e restaurante.
Em 1955, aos 35 anos de idade, casa-se com a professora Zélia Barros Duarte, falecida há cinco anos, e que empresta seu nome a uma creche que está sendo construída pela Prefeitura de Barão de Cocais, no bairro Lagoa. O casal teve quatro filhos: Suzana (advogada) casada com Márcio Soares Pereira, superintendente do INSS, em Belo Horizonte; Valéria (promotora de Justiça, no Espírito Santo), casada com o engenheiro mecânico aposentado da Cia. Siderúrgica de Tubarão e Adriana e Evandro, ambos solteiros, responsáveis pelo posto de combustíveis São José, em Barão de Cocais., O empresário e empreendedor Joaquim Duarte foi tão atuante na comunidade que se elegeu vereador por duas legislaturas, em 1967-1970 e 1971-1972 (mandato tampão). Ainda foi presidente da Liga de Desportos de Barão de Cocais, presidente da Sociedade do Bem Estar do Menor (Sobem, atual Recanto Feliz), membro da Irmandade do Santíssimo Sacramento da igreja católica e festeiro da Festa de São João Batista. Ele também foi exímio jogador de xadrez, sagrando-se campeão municipal cocaiense e foi amigo dos políticos locais como engenheiro Alencar Peixoto, sindicalista Waldemar das Dores, monsenhor Gerardo Magela Pereira e farmacêutico Márcio Cotta, candidato derrotado a prefeito de Barão de Cocais. No final da vida, Joaquim Duarte perdeu a visão durante a operação de cataratas e foi acometido de melanoma (neoplasia da pele). Sepultado domingo, Dia dos Pais, ele jaz ao lado da esposa Zélia Barros Duarte, ex-diretora da Escola Estadual José Maria de Morais, e cunhada do ex-prefeito de Barão de Cocais, Wilson Alvarenga de Oliveira, ex-deputado estadual, também sepultado no cemitério local.
*Leonel Marques, de Barão de Cocais