Segundo o prefeito de Barão de Cocais, Décio Geraldo dos Santos, a mineradora Vale se comprometeu com ele a iniciar a mineração da nova fase do empreendimento como a Cava da Divisa, pelo lado cocaiense. Sem mineração desde e o fechamento da mina do Gongo Sôco em 2016, um alicerce econômico tem de reaver receitas perdidas nos últimos anos. O projeto da Vale levará a mineração para a divisa entre o município de Barão de Cocais e de São Gonçalo do Rio Abaixo. Para o prefeito Décio Santos, há um compromisso da Vale de que a exploração de minério da Cava da Divisa comece pelo lado cocaiense. O acordo firmado com a Vale é justamente para que Barão de Cocais volte a receber os royalties da mineração. “É um compromisso deles para nos ajudar neste momento difícil que estamos atravessando. Barão de Cocais hoje atravessa o pior momento econômico de sua história, afirma Décio Santos, que acompanhou pessoalmente a votação do licenciamento da Cava da Divisa, aprovado no mês passado.
A expansão conferirá a mina de Brucutu mais de 20 anos de exploração de minério de ferro. A expectativa, segundo a Vale é de que sejam gerados mais de 800 empregos durante a obra e quase 270 empregados na Vale, depois de tudo pronto. A previsão é de que a obra dure 20 meses, ou seja começa no primeiro trimestre de 2019 e termine no final do ano de 2020. Quando estiver em plena operação, o projeto elevará a produção atual da mina de Brucutu em 15 milhões de toneladas por ano de minério, atingindo o total de 72 milhões de toneladas por ano. De acordo com o prefeito Décio dos Santos, Barão de Cocais perdeu, somados os anos de 2017/ 2018, cerca de R$ 55 milhões ente o que deixou de arrecadar com o imposto de Compensação Financeira por Exploração de Recursos Minerais (Cfem) e o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A situação financeira do município é complicada e piora cada vez mais com a retenção de repasses por parte do Governo de Minas, na administração do governador Fernando Pimentel.
Desde que assumiu a Prefeitura, Décio Santos tem se movimentado para destravar licenças ambientais que permitam ao município retornar com a mineração. “Barão de Cocais sempre foi uma cidade mineradora e hoje não minera quase nada. É uma dificuldade muito grande que a gente tem. A cidade quando está minerando, fica rica e incha recebendo várias pessoas de fora. Depois, quando não está minerando, essas pessoas de fora continuam na cidade, formam famílias e passam a gostar da cidade. Ou seja, o município deixa de arrecadar bem mas fica com a população aumentada”, completa Décio Santos. A meta do prefeito é destravar as licenças ambientais de dois grandes projetos em Barão de Cocais. O primeiro era o da mina de Brucutu (Cava da Divisa). Agora as atenções se voltam para a mina do Baú, da MR Mineração. O empreendimento já tem licença de exploração mas apenas para 300 toneladas de minério de ferro por ano. A empresa MR Mineração busca autorização para expandir e produzir cerca de 4,5 milhões de toneladas de minério por ano. “O que a gente tem feito com relação com a mineração é pensar nos próximos 50 anos. Estamos nos esforçando para liberar essas licenças, para que Barão de Cocais tenha e sua emancipação financeira”, reforça o prefeito Décio Santos.
*Leonel Marques
Prefeito cocaiense diz ter prioridade na expansão de Brucutu
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