Depois de três meses em queda, a produção da indústria nacional voltou a crescer 0,8% em agosto frente a julho. É o melhor resultado para meses de agosto desde 2014 (0,9%). A recuperação de quase toda a perda acumulada desde maio foi puxada pela indústria extrativa, que cresceu 6,6% no mês, graças ao aumento na extração de minério de ferro, petróleo e gás.
Apesar da alta em agosto, a indústria mostra perda de ritmo em relação ao ano passado, com o acumulado em 12 meses passando de -1,3%, em julho, para -1,7%. Frente a agosto de 2018, o total da indústria caiu 2,3%. Esses resultados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça (1º) pelo IBGE
O setor industrial acumulou queda de 1,7% nos oito primeiros meses de 2019. O acumulado nos últimos 12 meses, ao assinalar recuo de 1,7% em agosto de 2019, mostrou perda de ritmo frente ao resultado do mês anterior (-1,3%) e permaneceu com a trajetória predominantemente descendente iniciada em julho de 2018 (3,2%). Veja a publicação completa e mais informações no material de apoio.
10 dos 26 ramos pesquisados crescem em agosto
No crescimento de 0,8% da atividade industrial na passagem de julho para agosto de 2019, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e 10 dos 26 ramos pesquisados mostraram expansão na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais importante foi registrada por indústrias extrativas, que avançou 6,6%, quarta taxa positiva consecutiva, acumulando, assim, ganho de 25,2% nesse período. Vale destacar que esses resultados positivos interromperam três meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou redução de 24,2%. Outros impactos positivos relevantes foram observados nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,6%) e de produtos alimentícios (2,0%), com o primeiro assinalando avanço de 7,7% no período maio-agosto de 2019; e o segundo interrompendo três meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 3,0%.
Por outro lado, entre os 16 ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 3,0%, revertendo, dessa forma, a expansão de 1,4% verificada no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou redução de 4,4%. Vale destacar também os resultados negativos assinalados pelos ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,4%), de máquinas e equipamentos (-2,7%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,9%), após o crescimento observado em julho último: 0,9%, 6,4% e 6,4%, respectivamente.