Foto da audiência pública nrealizada no plenário da Câmara Miunicipal deBarão de Cocais (Foto: Sarah Torres
/ALMG)
Senadores da Comissão do Meio Ambiente do Senado Federal estiveram em Barão de Cocais na sexta-feira, dia 24, e se reuniram primeiramente no gabinete do prefeito Décio Geraldo dos Santos e, depois, seguiram para o centro da cidade, onde estavam moradores que vivem a situação de risco de rompimentoo da barragem de Gongo Sôco. A visita ocorreu na semana em que estava prevista a possível ruptura do talude norte da mina de Gongo Sôco, que vai cair na cava e cujo abalo sísmico pode afetar diretamente a barragem distante 1,5km de distância.
Os senadores tomaram conhecimento das iniciativas tomadas pelo poder público para diminuir os riscos à população e ao meio ambiente. “Em razão da gravidade local, não podemos deixar que ocorra o pior, como em Mariana e Brumadinho. Precisamos dar uma resposta”, afirmou o presidente da Comissão do Meio Ambiente do Senador, senador Fabiano Contarato (Rede-RS). Ele destacou que se a barragem romper, os rejeitos poderão se espalhar por até 75km, atingindo Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.
Nesta segunda-feira, dia 27, deputados da CPI de Brumadinho, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais se reuniram no prédio da Câmara Municipal de Barão de Cocais para ouvir os moradores, em audiência pública. O presidente da CPI, deputado Júlio Delgado (PSB) garantiu que as denúncias apresentadas na audiência serão investigadas. Dentre elas está a provável intenção da mineradora Vale de minerar na região de Socorro, Piteiras e Tabuleiro, e também a falta de assistência financeira aos moradores impactados com o risco de rompimento da barragem.
A audiência pública, segundo o presidente da CPI, Júlio Delgado, serviu para coletar as principais informações para a montagem de projetos e planos de ação com o intuito de amenizar os impactos já causados.*Leonel Marques, de Barão de Cocais