Custo da cesta diminui em todas as capitais, pelo segundo mês

      Comentários desativados em Custo da cesta diminui em todas as capitais, pelo segundo mês

Foto ilustrativa om frutas
Em agosto de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em todas as cidades que fazem parte do levantamento, pelo segundo mês consecutivo.,de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 17 capitas e diulgaada nesta quinta ()5). As quedas mais expressivas ocorreram em Natal (-7,04%), Fortaleza (-6,96%), Aracaju (-6,11%) e Salvador (-5,78%).

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 481,44), seguida de Porto Alegre (R$ 469,17), Florianópolis (R$ 464,24) e Rio de Janeiro (R$ 462,24). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 337,96) e Salvador (R$ 350,75).

Em 12 meses, entre agosto de 2018 e o mesmo mês de 2019, com exceção de Aracaju (-2,02%), todas as capitais acumularam alta, que oscilaram entre 5,61%, em Natal, e 13,40%, em Curitiba.

Nos primeiros oito meses de 2019, 12 municípios pesquisados acumularam aumento, com destaque para Vitória (9,34%), João Pessoa (6,56%) e Recife (6,19%). Outras cinco cidades tiveram taxa negativa, com destaque para Aracaju (-5,80%).

Com base na cesta mais cara que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.044,58, ou 4,05 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em julho de 2019, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 4.143,55, ou 4,15 vezes o mínimo vigente. Já em agosto de 2018, o valor necessário foi de R$ 3.636,04, ou 3,81 vezes o salário mínimo, que era de R$ 954,00.
Tabela da variação de preço por capital
Comportamento dos preços
Entre julho e agosto de 2019, foi observada tendência de queda nos preços do tomate, da batata, pesquisada na região Centro-Sul, do feijão e do café em pó. Já as cotações da banana e do óleo de seja aumentaram na maior parte das cidades.
O preço médio do tomate diminuiu em todas as capitais. As quedas variaram entre -42,74%, no Rio de Janeiro, e -3,12%, em Curitiba. Em 12 meses, quase todas as capitais apresentaram taxas positivas, que variaram entre 23,81%, em Aracaju, e 73,95%, em Curitiba. A comercialização do tomate industrial ou rasteiro no atacado aumentou a oferta do fruto e fez com que o preço do tipo salada diminuísse.
A batata, pesquisada na região Centro-Sul, teve o preço médio reduzido em 10 cidades, com taxas que oscilaram entre -15,62%, em Porto Alegre, e -1,08%, em Brasília. A safra de inverno elevou a oferta e os preços diminuíram no varejo. Em 12 meses, no entanto, as variações foram positivas e muito altas, principalmente em Belo Horizonte (130,17%), Campo Grande (128,76%), Vitória (118,27%), Brasília (116,59%), Curitiba (114,66%) e Rio de Janeiro (111,65%).
O preço médio do feijão diminuiu em 15 cidades, em agosto de 2019. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, apresentou queda em todas as cidades, com variações entre -16,23%, em Goiânia, e
-0,77%, em São Paulo. Já o feijão preto, investigado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, aumentou nesta última cidade (0,39%) e em Florianópolis (0,15%) e teve queda nos outros municípios: Vitória (-3,72%), Curitiba (-2,79%) e Porto Alegre (-2,04%).
Em 12 meses, o preço médio do grão carioquinha acumulou alta em todas as capitais, com taxas que variaram entre 34,19%, em Aracaju, e 75,02%, em Campo Grande. As variações acumuladas do tipo preto também foram positivas, mas em patamares menores: entre 5,53%, em Porto Alegre, e 26,85%, em Curitiba. O mercado esteve abastecido, o que explicou a redução do preço do feijão carioquinha. Já para o tipo preto, o fim da colheita no Sul do país reduziu o volume ofertado, o que foi compensado pela importação do grão.
Houve redução também no preço médio do quilo do café em pó em 14 cidades. As quedas oscilaram entre -4,20%, em Brasília, e -0,38%, em Salvador. Já as altas foram registradas em Goiânia (11,75%), Campo Grande (1,05%) e Recife (0,35%). Em 12 meses, o valor subiu apenas em Goiânia (2,89%) e diminuiu nas demais cidades, com destaque para Brasília (-17,40%) e Florianópolis (-15,51%). A oferta de café continuou elevada devido ao início da safra. Os produtores seguiram retraídos, à espera de melhora nos preços.
O valor médio da banana subiu em 13 capitais. A pesquisa coleta os tipos prata e nanica e faz uma média ponderada dos preços. As altas oscilaram entre 0,27%, em Natal, e 23,41%, em Belo Horizonte. As reduções mais importantes foram anotadas em João Pessoa (-12,25%) e Recife (-8,92%). Em 12 meses, o preço da fruta subiu em 13 cidades, com destaque para Vitória (46,51%), Belo Horizonte (44,36%) e Salvador (37,86%). As taxas negativas acumuladas mais expressivas ocorreram em Aracaju (-13,23%) e Goiânia (-5,83%). A baixa oferta da banana nanica e o elevado volume de fruta exportado explicaram o aumento do preço no varejo.
O preço da lata de óleo de soja aumentou em 12 capitais, entre julho e agosto. As taxas mais importantes foram registradas em Goiânia (6,38%) e no Rio de Janeiro (3,09%). Cinco cidades apresentaram quedas no preço do item, a mais expressiva em Belém
(-1,91%). Em 12 meses, o produto teve alta em 10 capitais, com destaque para Goiânia (23,35%). Em Vitória, não houve variação e em outras seis cidades foram observadas reduções entre -6,02%, em Belém, e -0,53%, em João Pessoa. A desvalorização do real diante do dólar impulsionou a exportação de soja e, no varejo, observou-se aumento do derivado do grão, na maior parte das cidades.