Artista cocaiense Marlene Trindade morre em Belo Horizonte

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Causou pesar em Barão de Cocais, Santa Bárbara e Belo Horizonte, a morte da artista plástica e tapeceira de fama internacional, Marlene Trindade, pintora, tecelã e professora. Natural de Santa Bárbara, onde nasceu em 1932, mas criada em Barão de Cocais, ela é filha do casal Maria Yunes Trad e empresário Raimundo Trindade, que teve quatro filhos: Marlene, Yunes, Marilene e Raimundo Filho. Marlene era sobrinha das professoras Isabel, Marieta e Elza Trindade, irmãs de seu pai, e conceituadas professoras da Escola Estadual Cel Câncio, em Barão de Cocais.

Ex-professora de Tapeçaria na EBA/UFMG (Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais), Marlene dedicou-se ao ensino e pesquisa de tecelagem, tapeçaria e tinturaria. Na Prefeitura de Barão de Cocais e Casa Paroquial, estavam expostas duas tapeçarias de sua autoria, ao lado da pintura do médico e pintor Chanina, no antigo salão do segundo andar da prefeitura. Em 1980, ela criou o primeiro Atelier Experimental de Artes de Fibra na Escola de Belas Artes da UFMG e desenvolveu trabalhos com papel artesanal.

Estudou artes Industriais no Inep, fez curso de decoração de interiores na Chicago School Of Interior Decoration, nos EUA, onde residia seu parente, engenheiro cocaiense, Fábio Trindade, falecido há quatro anos. Também foi estagiária no Departament of Fine Arts e no Departament of Education da South Caroline University, em Charleston, nos EUA. Também fez curso intensivo na Wayne State University e no Detroit Institute of Art, em Detroit (EUA). Recebeu vários prêmios e fez exposição em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Detroit (EUA), Paris (França) e na Festa dos Pés de Pomba, em Barão de Cocais, Santa Bárbara, Ouro Preto, Brasília (Palácio do Planalto) e Museu da Cidade Universitária, em Paris, e vários pontos do Brasil. Marlene Trindade sofreu acidente automobilístico em 1986, ficando tetraplégica e acamada durante 32 anos. Faleceu aos 82 anos e foi sepultada no cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, semana passada.
*Leonel Marques

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