Maceió (AL) recebe III Fórum do Forró Alagoano nesta quinta, 28

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Foto ilustrativa, acordeon

Músicos, artesãos, dançarinos e entusiastas do forró se reúnem nesta quinta-feira, dia 28 de novembro, para discutir o processo de registro das Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Mundial do Brasil no III Fórum do Forró Alagoano. Organizado pela Associação de Forrozeiros de Alagoas (Asforral) e pelo Movimento Forró de Raiz com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o evento é gratuito e aberto ao público.

O evento reúne forrozeiros e pesquisadores na Sala de Música do Complexo Cultural Teatro Deodoro

A programação do encontro inclui discussões sobre o pedido de registro, sobre o processo de salvaguarda do patrimônio imaterial e sobre a contribuição dos artistas alagoanos para a preservação da manifestação cultural. Ao final do evento haverá ainda uma apresentação musical de forró.

O III Fórum do Forró Alagoano faz parte da pesquisa das Matrizes Tradicionais do Forró, iniciada em 2019. O levantamento aborda as dimensões melódicas, harmônicas, rítmicas e coreográficas da prática, além dos modos de fazer instrumentos musicais, dos contextos sociais e culturais em que a manifestação está inserida, bem como as particularidades dos lugares onde tais referências culturais são mais simbólicas.

A pesquisa se estenderá até meados de 2020 e resultará no dossiê de registro a ser analisado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural que deliberará se o bem receberá o reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil. A indicação é que o registro do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil tenha abrangência nacional.

Matrizes Tradicionais do Forró

Em setembro de 2011, a Associação Cultural Balaio do Nordeste encaminhou ao Iphan o pedido de registro das Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil. Desde então o Instituto buscou, em parceria com a Associação, o Fórum Nacional Forró de Raiz e outras instituições parceiras, incentivar encontros, fóruns e audiências públicas para discutir o processo de reconhecimento, abordando os potenciais, significados e limites da política de Patrimônio Cultural.

As diretrizes apontadas no Encontro Nacional para Salvaguarda das Matrizes do Forró, ocorrido em João Pessoa (PB) em setembro de 2015, são o fundamento para a pesquisa a ser realizada pela Associação Respeita Januário em cooperação com o Iphan.

Para que um bem seja registrado pelo Iphan é necessário que ele possua relevância para a memória nacional e continuidade histórica e faça parte das referências culturais de grupos formadores da sociedade brasileira. Entre os bens imateriais inscritos no Livro do Registro das Formas de Expressão estão as Matrizes do Samba do Rio de Janeiro, o Tambor de Crioula do Maranhão, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano e o Frevo.